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Cinco crossovers que gostaríamos de ver

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Memória e imaginação. Estas são duas características comuns a quase todos os fãs de games. Pois quando um produtor da Capcom manifestou interesse em um encontro da Bayonetta com Devil May Cry, ele acabou nos fazendo exercitar ambos. No meu artigo anterior, lembramos de alguns dos encontros inusitados que já aconteceram. Agora é hora de brincar de imaginar aqueles que podem, um dia, sob a graça de Odin, acontecer. E não poderíamos começar falando de outro encontro que não seja:

5 – Mortal Kombat X Street Fighter

Encontros que gostaríamos de ver

Chance de acontecer: Alta, mas pode demorar muito

Todo mundo já imaginou esse encontro. E eu apostaria o bigode esquerdo do meu papagaio que já rolaram conversas entre produtores da Capcom e da Midway (ou até da editora mais recente de MK, WBIE) para fazer isso acontecer. E, assim como o Homem-Aranha dar as caras no universo cinematográfico da Marvel, acredito que isso é apenas uma questão de tempo.

O principal empecilho, a meu ver, é que a jogabilidade de ambos é muito diferente. Juntar personagens da Capcom com os da SNK é mais orgânico, mais natural. Isso para não falar de encontros como os Marvel X Capcom, que era uma união de jogos da mesma marca e bastante semelhantes. Mas Mortal Kombat é muito diferente de Street Fighter. E não me refiro à existência de fatalities e coisas do tipo. O problema é o funcionamento do jogo em si, de forma que ou seria priorizado o jeitão MK, ou então o jeitão SF. De qualquer forma, fãs reclamariam. Afinal, se tem uma coisa que a gente gosta é de reclamar.

Mas como poderia ser o jogo? Bom, eu sou da época que história em jogos de luta era um luxo, então eu abriria mão totalmente dela ao invés de tentar explicar o inexplicável. Colocaria simplesmente os principais personagens de ambas as franquias para se encontrarem nos cenários mais conhecidos das séries.

Visualmente, daria aos personagens de Mortal Kombat o jeitão mais cartoon do Street Fighter. Afinal de contas, já tentaram dar um visual fotorrealista para o jogo da Capcom e a simples lembrança do Van Damme como Guile nos faz encolher em posição fetal. Além disso, penso que ficariam bem simpáticos personagens como o Scorpion ou o Kano com visual de desenho animado.

Os fatalities seriam um problema. Seria um pouco estranho ver o Sub-Zero arrancando a cabeça e a coluna vertebral do Ken, mas acaba sendo parte da brincadeira, então o jeito é seguir em frente e seja o que Zeus quiser. Talvez mais estranho ainda seja ver personagens como o Ryu e a Chun-Li matando seus desafetos, mas mesmo na série da Midway tinha alguns fatalities mais leves, tipo o do Liu Kang no primeiro jogo, que era basicamente um chute seguido de uppercut. Com um pouco de criatividade, seria possível dar fatalities mais leves para a turminha da Capcom, mas que ainda assim fossem divertidos. E minha cabeça entra em polvorosa só de imaginar as possibilidades de friendship do Blanka.

4 – The Legend of Zelda, Toe Jam & Earl

Encontros que gostaríamos de ver

Chance de acontecer: Média

Considerando como a Sega anda amiguinha da Nintendo, inicialmente eu pensaria que as chances desse crossover acontecer eram até altas. Ou pelo menos mais provável do que Link e companhia se misturarem aos Dynasty Warriors. Porém, os direitos dos alienígenas funkeiros não são da Sega, o que talvez complique um pouco a história.

O jogo em si praticamente se cria sozinho. Em um passeio através do universo, o atrapalhado Earl deixa sua nave ser atingida por um asteroide. O veículo cai em pedaços em vários pontos espalhados de Hyrule, terra de Link e companhia. Agora os simpáticos aliens terão que explorar este mundo maluco para remontar sua nave e voltar para Funkotron.

Encontros que gostaríamos de ver

As câmeras do primeiro Toe Jam & Earl e dos primeiros Zeldas são bem parecidas, e é exatamente a que eu optaria para este crossover. O gameplay combinaria ambas as séries, que privilegiam a exploração. Os alienígenas poderiam falar com diversos personagens da série Zelda, com diálogos nonsense e divertidos. Ao invés de itens, eles pegariam presentes, e além de pegar os pedaços da nave, acabariam ajudando o Link a salvar a princesa Zelda. No final, Zelda e Link voltam para Funkotron com os aliens e montam juntos um baile funk épico e permitido para menores.

3 – Call of Duty X Battlefield

Encontros que gostaríamos de ver

Chance de acontecer: Mínima

Poucas séries são tão parecidas e têm tantas iterações quando Call of Duty e Battlefield. São tantos lançamentos que raras são as pessoas que acompanham tudo que sai de ambas. O negócio chega ao ponto de que até os fãs mais fervorosos têm dificuldade em diferenciar screenshots de ambas as séries. Então por que não combinar as duas em um único grande shooter de guerra?

Eu sei que tem gente que adora as histórias, sobretudo da série Modern Warfare, mas admito, para mim elas sempre soaram tão genéricas e parecidas que, tirando alguns nomes como Ghost, eu dificilmente sei relatar o que aconteceu nos jogos que acabei de jogar. Eu me lembro das fases e das batalhas, é claro, mas da história mesmo, quase nada. E o mesmo vale para Battlefield.

Além disso, ambas têm um grande foco no online, com comunidades muito ativas. Combinar as duas comunidades em um único grande jogo seria épico. E talvez a duração da campanha single player fosse mais aceitável para aqueles que não são tão fãs da parte competitiva da coisa.

As possibilidades de isso acontecer, claro, são ínfimas. Tanto a EA quanto a Activision faturam alto em ambas as franquias, e não teriam motivo para juntá-las, por mais natural que isso possa parecer do ponto de vista de um jogador que não acompanha com afinco nenhuma das séries.

2 – Full Throttle In Monkey Island

Encontros que gostaríamos de ver

Chance de acontecer: Possível, mas improvável

Dois dos adventures mais clássicos de todos os tempos se encontrariam em uma aventura cuja epicidade seria igualada apenas pelo seu afiadíssimo humor.

Aqui, Guybrush Threepwood desistiu de ser pirata e resolve se unir a uma gangue de motoqueiros. “Sou Guybrush Threepwood, poderoso motoqueiro”, é sua nova apresentação. Ele logo conhece Ben, o líder dos Polecats, que passa uma sequência de puzzles obtusos para que Guybrush possa provar que realmente merece se unir aos Polecats.

Encontros que gostaríamos de ver

Entre os puzzles, temos corridas de motos com insultos (“Você corre como um fazendeiro”, “que apropriado, você corre como uma vaca”), transformar uma minivan em um veículo de macho e claro, conquistar o coração da governadora Elaine Marley, uma das últimas motoqueiras fãs de heavy metal em posição de poder no mundo. Só que chegar nela não vai ser fácil, pois o vilão Adrian Ripburger, braço direito dela, está fazendo de tudo para acabar com a trueza do país.

Tanto Full Throttle quanto a série Monkey Island são originalmente da Lucasarts, que se viu em maus lençóis depois que a Disney adquiriu a Lucasfilm. Assim, provavelmente não seria a desenvolvedora do logo mais simpático da história que criaria o jogo.

Encontros que gostaríamos de ver

Uma grande possibilidade de isso acontecer seria pelas mãos da Double Fine, a desenvolvedora do Tim Schafer, que dirigiu Full Throttle e teve uma grande importância no desenvolvimento de Monkey Island. Foi a própria Double Fine que remasterizou recentemente outro clássico adventure da Lucasarts, Grim Fandango, então seria seguro apostar nela para o desenvolvimento de Full Throttle In Monkey Island.

No entanto, embora seja até possível, é bem difícil de acontecer. Os jogos acontecem em épocas bem diferentes (um no passado e outro no futuro) e admito que as possibilidades de dar errado são imensas. No entanto, são dois dos meus jogos preferidos de todos os tempos, e por isso mesmo eu fiz questão de homenageá-los nesta listinha.

1 – Mario & Sonic de verdade!

Encontros que gostaríamos de ver

Chance de acontecer: Alta

Eu sei, meu amigo. Mario e Sonic já se encontraram antes, e inclusive levaram o primeiro lugar no artigo dos encontros mais inusitados dos games. Porém, até o momento eles só se encontraram em coletâneas de minigames ou na série Smash Bros. O que todo mundo quer ver é a dupla unindo forças em um jogo do gênero que os consagrou. E de preferência em 2D.

A história é bem fácil de imaginar. A princesa Peach foi raptada por uma aliança de vilões composta por Bowser e pelo Dr. Robotnik (a ideia é criar um jogo old-school, então vamos ignorar que o Robotnik é chamado de Eggman nos jogos mais recentes), que pretendem transformá-la em um robô. Dessa vez Mario não consegue dar conta da bucha apenas com a ajuda do seu irmão Luigi, então acaba contatando seus amigos Sonic e Tails para ajudar no resgate.

Encontros que gostaríamos de ver

Aqui você deve estar imaginando que seria um jogo em coop para quatro jogadores, cada um com um personagem. Nada disso, meu chapa. O negócio aqui é roots. Trata-se de uma aventura single player onde o jogador alterna o controle entre Mario e Sonic dependendo da fase. Algumas serão mais focadas na velocidade, jogadas com o porco-espinho que tem as cores da bandeira dos EUA. Outras, serão focadas na exploração e nelas o jogador usará o encanador italiano que se veste com as cores da bandeira dos EUA.

Os chefes seriam o Robotnik em várias de suas invenções, mas para dar um tempero a mais, o Bowser também lançaria mão das invenções do parceiro, se tornando ainda mais poderoso. O último chefe, inclusive, seria um robô gigante formado de dois robôs menores e controlado pelos dois vilões, no melhor estilo Tokusatsu.

Encontros que gostaríamos de ver

E que o Toad não venha dizer para o Sonic que a princesa está em outro castelo no final da fase, ou ele vai ter que lidar com o porco-espinho balançando o indicador cheio de atitude. Ou ele pensa que o Sonic é bonzinho que nem o Mario? Ele tem cara de bravo, meu.

Este é outro crossover que eu apostaria o bico do meu macaquinho doméstico que já foi conversado entre engravatados da Sega e da Nintendo, e é apenas questão de tempo até acontecer, especialmente considerando o histórico recente de aliança entre ambas as empresas. Vamos torcer para quando, e se acontecer, seguir a qualidade atual dos jogos do Mario, e não as do Sonic.

E você? Qual encontro gostaria de jogar? Esta é uma lista bem pessoal, então conte a sua para nós nos comentários.

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Carlos Eduardo Corrales queria combinar o Kratos com alguma outra franquia igualmente testosterônica, mas não conseguiu pensar em ninguém tão macho quanto o espartano. Ele escreve semanalmente para o Kotaku e diariamente é o editor-chefe do site de cultura pop Delfos. Compartilhe a sua ideia de crossover de God of War no Twitter e no Facebook.

O post Cinco crossovers que gostaríamos de ver apareceu primeiro em Kotaku Brasil.


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